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"Como Deus fala com agente", texto de um Bombeiro Militar enviada a este site.

Publicado em 11-06-2013 00:00

A foto abaixo da guarnição é do senhor Valmir Cardoso Santos, 42 anos, uma vitima que foi socorrida pelo 5º Pelotão de Bombeiros Militar de Araxá, em um acidente na região de Campos Altos/MG, em que ficou preso as ferragens da carreta que ele conduzia, apos alta do hospital aqui de Araxá, ele fez questão de ir pessoalmente agradecer aos militares.  Para completar ainda mais este post, recebi estes este texto de um Sargento do Corpo de Bombeiros, no qual em forma de um texto ele, e tenho cereza que em nome de toda a instituição, demonstrou em forma de palavras o sentimento e o orgulho de ser um Bombeiro Militar. Ontem, viajando sozinho e pensando na minha profissão e meio amargurado com algumas críticas sem o menor fundamento atribuídas aos BOMBEIROS me deparei com uma carreta tombada em um trevo. Cenário típico de acidente, muita gente curiosa, trânsito quase parado, um monte de sapos, digo, curiosos, em volta. Enfim, quase um circo com crianças e suas mães, vendedor de picolé e tudo mais (lógico que estou exagerando um pouco). Em menos de um segundo já havia passado aquela amargura que eu estava sentindo e uma luzinha de alerta se acendeu dentro de mim... “Será que a vítima já foi socorrida?” pensei. Parei o carro (em local seguro é lógico), liguei o pisca alerta e abri o porta malas, onde sempre carrego alguns materiais como kit primeiros socorros, luvas, estetoscópio e esfigmo, capacete com lanterna, óculos de proteção dentre outras coisas. (já posso até ouvir meus colegas dizendo ”só faltou esse tarado carregar o DEA junto.”, mas tudo bem, podem fazer piada, eu deixo. Cheguei próximo e pude ver que o motorista ainda estava dentro da cabine da carreta, preso às ferragens, com fraturas, dor na coluna e hemorragias. Havia uma ambulância próxima da carreta, provavelmente da cidade mais próxima e os Bombeiros não haviam chegado ainda, pois, o pelotão mais próximo ficava a cerca de 70Km. Conversei com o pessoal, me identifiquei, conversei com a vítima, fiz os primeiros socorros e, para minha tranquilidade, ouvi o barulho das sirenes se aproximando! Me subiu um arrepio pelo corpo e a adrenalina aumentou de novo simplesmente ao ouvir aquele barulho típico da velha sirene Fá-dó! Quando chegaram, me identifiquei novamente e, após alguns minutos, com uso de ferramentas maravilhosas como o desencarcerador (aliás, Deus que ilumine quem o inventou), conseguimos retirá-lo com vida e consciente, apesar de muito ferido. Finalmente, quando o levávamos para a ambulância ele disse: “NÃO TEM JEITO MESMO, VOCÊS SÃO ANJOS! O QUE SERIA DE MIM SEM VOCÊS PRA ME PROTEGER!” Fiquei pensando depois, como DEUS consegue nos tocar simplesmente mostrando as coisas à nossa volta! Eu estava preocupado com a opinião das poucas pessoas no mundo que colocam em cheque minha amada profissão de BOMBEIRO e me esqueci de que o mais importante é o que sou, o que vivo, o que dou valor e não o que os outros pensam. Foi como se Jesus me dissesse: “Acorda meu filho, esqueceu que quem te deu essa missão fui Eu? E se eu me importasse com a opinião dos outros quando estive na terra? Fui crucificado pra encurtar a nossa conversa... Levanta essa cabeça e segue seu caminho, pois muitas provações ainda estão por vir.” Segui minha viagem com aquela imagem do motorista nos olhando e dizendo que somos anjos de Deus e com a alma tranquila,  limpa e livre da amargura que antes sentia! E para as pessoas que ainda teimam em colocar a minha profissão em cheque, hoje só tenho uma coisa a dizer... SALVAR!!! Texto: Sargento Marcelo Teixeira - 5º Pelotão BBMG/Araxá.

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