Sempre debati com meus amigos de imprensa sobre a necessidade de darmos atenção a esta questão, porém, no meio jornalístico este assunto não é divulgado, a não ser em casos que envolvem pessoas famosas. Nunca concordei com isso, e sempre disse aos amigos sobre a necessidade de abordar e tentar de alguma forma criar um programa que possa ajudar a estas pessoas.

“#Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque internacionalmente o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, por iniciativa da International Association for Suicide Prevention. A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão.”

      Recordo-me de uma data em 2008, que conheci uma jovem muito bonita por sinal, cabelos longos e pretos, (que não citarei seu nome por ética e respeito por ela), moradora do bairro Santa Rita em Araxá, residia perto daquela subida forte do “córrego da galinha”. Esta jovem na ocasião, em um ato de se livrar de toda a sua dor e sofrimento, iria se jogar do viaduto do Senai . Recordo bem que passava com meu Chevette pela avenida Senador Montandom, quando próximo ao viaduto do Senai vi esta jovem segurando o corrimão existente naquele local. Senti algo forte dentro de mim que me mandava voltar e conversar com aquela jovem, parei meu carro no acostamento e fui até ela. Quando me aproximei ela gritou e disse, não chega perto, olhei em seus olhos vermelhos de tanto chorar e a perguntei oque estava acontecendo, ela simplesmente me disse, “só quero paz, só quero me livrar desta dor, não quero mais fazer ninguém sofrer por mim e não quero mais sofrer por ninguém”. Nesta hora percebi que a coisa estava seria, e o pior, eu também não estava passando por um período muito bom na minha vida, porém, sentei no corrimão ao lado dela, e conversamos por vários minutos, ela se acalmou e a levei em casa. “Depois disso a levei algumas vezes em uma igreja que eu frequentava no bairro Urciano Lemos, onde ela permaneceu por algum tempo.” Deixo aberto a ela, caso ela queria se manifestar e constatar a veracidade do meu relato.

     Citei este fato para dizer aos amigos e seguidores do meu trabalho, que em muita das vezes existem pessoas ao nosso lado precisando de ajuda, de uma palavra amiga e em muita das vezes de um ombro amigo para chorar e desabafar. Parabenizo meu amigo jornalista e hoje Vereador, Raphael Rios, por abraçar esta causa na cidade de Araxá.