A Polícia Civil de Minas Gerais, na Cidade de Frutal, prendeu preventivamente, na tarde do dia 03/11, o advogado F. C., que atuava na área Criminal da Comarca. Segundo apuração da PCMG, o Advogado solicitou vantagem indevida a duas pessoas, sob o pretexto de repassar a quantia para que uma determinada Autoridade Policial não representasse pela prisão preventiva de dois supostos traficantes de drogas da região.

Referidas pessoas pagaram 5.000 reais ao Advogado, mas acabaram revelando o crime de exploração de prestígio praticado por F. C. ao verem que a Polícia Civil, por meio do Delegado de Polícia que seria corrompido, representou pelas prisões dos Suspeitos de tráfico de drogas (um deles acabou sendo preso e o outro está foragido). O pedido de prisão formulado pela Polícia Civil contou com parecer favorável do Ministério Público, que também representou pela busca e apreensão na casa e no escritório do Advogado, o que foi deferido pelo Juízo Criminal de Frutal.

A prisão do Advogado e as buscas foram acompanhadas pela Subseção da OAB de Frutal, tendo sido o Advogado encaminhado para cela especial do Presídio de Frutal, após ser submetido a exame de lesão corporal. O Delegado Regional de Frutal, Cezar Felipe Colombari da Silva, subscritor do pedido de prisão, e o presidente do Inquérito Policial e coordenador da operação, Dr Bruno Giovanini, ressaltaram que a ação rápida e enérgica da PC, em parceria com o MP e PJ, se deu em consonância com os anseios da sociedade, para um combate forte e direto a todo tipo de corrupção, principalmente quando se envolve, indevidamente, o nome de pessoas íntegras para se praticar crimes. Além do Advogado que foi indiciado por crime de exploração de prestígio majorado, duas outras pessoas (C. e R.) foram indiciadas por crimes de corrupção ativa. Ao todo, oito Policiais Civis lotados na Delegacia Regional de Frutal participaram da operação. Foram apreendidos dois computadores, pen drives e um cheque de um dos supostos traficantes para o Advogado.