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Adolescentes que participaram do duplo latrocínio do casal Higor e Rafaela são julgados pela Justiça, e medida socioeducativa de internação foi aplicada.

Publicado em 01-03-2016 23:20

       As investigações do crime de latrocínio do casal Rafaela D`Luz e de Higor Humberto, mortos com vários golpes de faca em sua residência localizada no bairro Belvedere em Araxá, na tarde do dia 23 de janeiro, durante um assalto a mão armada, está sendo desempenhada pela 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Araxá. O Delegado regional Dr. Cezar Felipe Colombari da Silva, que hoje chefia a regional de Araxá, coordena as investigações, que estão sendo realizadas pelos Delegado de Polícia Civil, Dr. Sandro Negrão, pelo inspetor Alisson Reis e os investigadores Mateus, Dioges, Rodrigo e Ana Paula.

       A Policia Civil na quarta-feira, 27 de janeiro, após investigações conseguiu chegar nos adolescentes E.S.R e E.I.L.J, e os maiores que estão presos e continuam sendo investigados. O menores, ambos com 17 anos, confessaram a participação na morte do casal. Após oitivas e diligências, a autoridade policiais chegou a conclusão da participação dos adolescentes na empreitada criminosa, encaminhando então o procedimento relatado ao Ministério Público de Araxá, apontando, apontando o ato infracional análogo ao crime de duplo latrocínio. O Ministério Público ofereceu representação e requereu a internação provisória por quarenta e cinco dias, eis que os adolescentes já estavam internados por cinco dias.

       A representação foi recebida e a internação foi decretada pelo Excelentíssimo Juiz de direito, Dr. Renato Zouain Zupo. Os representados (adolescentes) foram devidamente citados através dos responsáveis legais e intimados e compareceram em audiências de apresentação, onde os dois adolescentes foram ouvidos. Após audiência, os defensores apresentaram defesas e arrolaram testemunhas. Audiência de instrução ocorreu na tarde desta segunda-feira, 29 de fevereiro em Araxá.

       O Excelentíssimo juiz de direito Dr. Renato Zouain Zupo, presidiu a audiência juntamente com o ministério público, representado pela promotora Dr. Mara Lucia Dourado e advogados de defesa, além da presença dos genitores dos menores. Após oitiva de testemunhas e diligências pleiteadas, o Ministério Público e defesa apresentaram alegações finais apresentando as razões e então foi prolatada sentença, sendo aplicado aos representados E.S. R e E.I.L.J, a medida socioeducativa de internação pelo prazo de três anos, com avaliação a cada seis meses.  Foi ainda determinado a busca de vaga em estabelecimento adequado para o cumprimento da medida, uma vez que o CERAD de Araxá não possui estrutura e condições suficientes para o cumprimento.  Os adolescentes permanecem apreendidos no CERAD até que consiga vaga em outro estabelecimento. Na imagem abaixo a pronuncia da sentença.

       Em seus depoimentos os adolescentes confessam terem participado do crime, que a ideia inicial seria assaltar a casa do casal. O adolescente E.I.L.J disse que chegou tarde na residência do casal, porque acordou tarde e quando chegou o casal ainda se encontravam vivos e amarrados no chão. Já o adolescente E.S.R em seu depoimento, disse que foi convidado por outro dois indivíduos, que também se encontram presos, para fazer uma “fita”, um roubo, que ajudou a dominar a casal e amarrá-los, que em seguida roubou seus pertences e fugiu na companhia dos demais envolvidos. O dois negam qualquer participação nas autoria das facadas.

       Oque chamou atenção nas audiências, foi a forma fria em que os dois adolescentes relataram o crime, em muitas das vezes se preocupando com os destinos dos bens matérias que foram levados das vítimas, se encantando com a velocidade de 200 km pela estrada em fuga. Em momento algum os adolescentes demonstraram remorso, compaixão, arrependimento, piedade ou quaisquer outro sentimento em relação as vítimas, que eles ajudaram a matar de maneira fria, calculista, inconsequente e irresponsável.

       Não sou de omitir opinião em coberturas policiais minhas, porem em algumas vezes em raras exceções, exponho elas. Infelizmente uma das vítimas, tinha meu sangue, minha prima Rafaela foi morta da pior forma em que um ser humano por perder sua vida. Ela e seu esposo foram mortos sem nenhuma piedade, nem mesmo um animal é morto da forma que eles foram, além de terem sido amarrados e torturados psicologicamente, tiveram sua morte lenta e sem defesa. Oque mais me deixa preocupado é que estes adolescentes que participaram deste crime, permaneceram apenas 3 anos, cada um em medida socioeducativa. Ou seja duas vidas ceifadas, sonhos, um casamento recém realizado, uma família, tudo isso destruído por 3 anos de “medida socioeducativa”, porem é oque o ECA (estatuto da criança e adolescente) que muitos defendem.

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