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Publicado em 23-11-2024 04:07
A Policia Civil de Minas Gerais, na tarde desta terça-feira, 01 de março, indiciou o investigado Alessandro Cassiano Cardoso, pelo crimes de peculato e estelionato. O delegado regional de Policia Civil de Araxá, Dr. Cezar Felipe Colombari da Silva, e o delegado responsável pelas investigações, Dr. Conrado Costa da Silva, recebeu a imprensa de Araxá e região na sede da regional.
Segundo os delegados o promotor de eventos Alessandro Cardoso, estava sendo investigado por supostos desvios de verbas em um show beneficente, promovido por ele em prol do aniversário de 130 anos do hospital Santa Casa de Araxá. O show com a dupla sertaneja Gino e Geno, foi realizado em março de 2015, e na teoria toda a renda arrecadada com o show seria em benefício do hospital.
As investigações que já estavam sendo realizadas pela promotoria do estado de Minas Gerais, e ganhou o apoio da 2ª delegacia regional de Policia Civil de Araxá, após o investigado cometer alguns crimes contra a honra de algumas pessoas na cidade de Araxá, e também após um mandado de busca e apreensão cumprido no dia 26 de novembro em sua residência. Neste mandado a Policia Civil conseguiu identificar algumas irregularidades em relação a documentos apreendidos referentes ao show, que foram localizados no interior da residência.
O investigado teve sua prisão temporária de 5 dias decretada, após mandado de prisão expedido pelo judiciário de Araxá, sendo ela prorrogada por mais 5 dias no dia 11 de dezembro. Durante este período a Policia Civil de Araxá, conseguiu colher provas, onde apontava que o investigado Alessandro Cardoso, deixou de repassar ao hospital um valor de aproximadamente R$ 70.000,00. Foi também identificado pela Policia Civil que o investigado repassou mais de 500 cortesias a amigos, familiares e pessoas ligadas aos patrocinadores, valor este que poderia ser revertido em prol da renda, por se tratar de um show beneficente.
O investigado tinha dois sócios no contrato do evento, e que acordado entre as partes seriam repassados um valor de 33% do valor do lucro para cada sócio e 10% do lucro para o hospital Santa Casal, porem foi identificado pelo hospital que o investigado deixou de repassar estes valores aos seus sócios, alegando que o evento teria dado prejuízo. Os delegados entenderam que os dois sócios foram lesados por Alessandro Cardoso, que omitiu aos sócios sobre os verdadeiros valores do evento.
Os delegados não representaram pela prisão preventiva do investigado e o inquérito será encaminhado a Promotoria de Araxá, quem após analisa-lo deverá apresentar denúncia e em seguida ao poder judiciário, e se condenado no final do processo, o investigado poderá pegar de 01 a 05 anos pelo crime de estelionato e de 02 a 12 pelo crime de peculato, além também de devolver todo o dinheiro desviado, em caso de entendimento do poder judiciário. FOTOS: Ascom 2ª DRPC Araxá/MG.