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Publicado em 23-08-2014 15:30
A Policia Militar (PM) de Sacramento/MG, na tarde desta quinta-feira 21 de agosto, por volta de 12h00, prendeu L.O de 24 anos, presidente dos direitos humanos por desacato, difamação e incitação ao crime e conduzir veiculo automotor sem CNH, no bairro Alto Paulista na cidade de Sacramento/MG.
Um policial militar realizava patrulhamento pela rua José Sebastião de Almeida, momento em que um policial militar visualizou um veículo Hyundai/I-30, ocupado por cinco indivíduos. O policial militar realizou o acompanhamento do veículo até a rua Onofre Candido, onde o veiculo permaneceu com os vidros fechados e em atitude totalmente suspeita haja vista a proximidade do local com a sede da companhia de Policia Militar de Sacramento e também do Presídio local que fica ao lado da sede da PM.
Com o apoio de outras viaturas o veículo foi abordado, sendo as pessoas que estavam em seu interior convidados a descerem do veiculo, para que fossem realizadas buscas pessoais e esclarecimentos dos ocupantes, pelo fato dos mesmos estarem em atitude suspeita próximo a uma área de segurança. No momento em que os indivíduos saíam do veículo, o condutor L.O, pessoa esta que é o atual presidente dos direitos humanos na cidade de Sacramento, se exaltou com a abordagem e desacatou os policiais militares, dizendo as seguintes palavras “espero que vocês tenham fundadas suspeitas, se não vocês estão fudidos”, disse também “todos policiais são doidos e bandidos”, em seguida L.O foi convidado para se posicionar para que fosse realizada busca pessoal em sua pessoa, porem neste momento ele se recusou, alem de dizer constantemente que a ação dos policiais militares seriam questionada junto a um deputado estadual e ao poder judiciário da cidade de Sacramento, os demais ocupantes do veiculo atenderam ao pedido dos policiais militares, sendo realizado o trabalho dos militares sem problema.
Foi constatado ainda pelos policiais militares, que L.O não possuía a carteira nacional de habilitação. Durante busca veicular foi localizado alguns documentos, dentre eles páginas impressas de rede social, os quais fazem incitação ao crime. Segundo relatos dos abordados, todos estavam ali a pedido do jovem de 24 anos que alegava que teriam audiência com o promotor e delegado da cidade, entretanto. Porem ao contatar tais autoridades os policiais militares descobriram que seriam realizadas algumas oitivas somente às 15h00 na delegacia de policia civil.
Um dos abordados, W.P, de 19 anos, relatou aos militares que L.O de 24 anos está angariando pessoas para incitar a policia militar de Sacramento, fato este comprovado através dos documentos impressos encontrados no veículo ora abordado e ainda, segundo a testemunha, L.O estaria pressionando a fazer testemunho inverídico sob ameaça de ser processado pelo L.O com suposta indenização de 20 salários mínimos, fato este também comprovado através de documentos ora apreendidos.
Diante dos fatos o veículo foi removido ao pátio credenciado e o L.O de 24 anos, diretor dos direitos humanos de Sacramento, preso e encaminhado a delegacia de policia civil de Sacramento.
Versão de L.O ao PORTAL G1 Triângulo Mineiro (confiram aqui)
Para a reportagem L.O afirmou que, juntamente com um fiscalizador do CDHS, foi abordado quando estavam parados dentro de um carro nas intermediações da delegacia. “Estávamos com o veículo parado ao lado da delegacia sem nenhuma suspeita e os policiais militares pediram para colocarmos as mãos para cima e virarmos de frente para a parede. Perguntamos o motivo da abordagem e não disseram. Aí perguntei ao capitão se estavam doidos, ele me mandou continuar com as mãos para cima. Um policial militar que estava ao lado dele disse que se chamava “puta que pariu” e colocou uma arma nas minhas costas. Eu disse que ele teria que se identificar e questionei se ele era bandido. Eles lincharam o veículo, apreenderam documentos de vítimas da violência dos militares e agendas da entidade”, relatou.
L.O afirmou também que solicitou a presença do presidente da Ordem dos Advogados do Brasileiro (OAB) para análise de irregularidades. Por telefone, a OAB afirmou que não foi constatada irregularidade à transgressão dos direitos humanos do detido, que estava sem Carteira Nacional de Habilitação e que aparentemente teria desacatado a PM.